Oncologista baiana apresenta estudo nacional sobre equidade no acesso a pesquisas clínicas em maior encontro de câncer do mundo

 

A médica baiana Clarissa Mathias, oncologista do Grupo Oncoclínicas, será uma das palestrantes dos fóruns educacionais que acontecerão durante o Encontro Anual da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO), o maior evento especializado em câncer do mundo, e que acontece entre os dias 3 e 7 de junho, em Chicago (EUA). Durante a sessão, ela discutirá as lições aprendidas com a implementação de uma rede de pesquisa clínica no Brasil.

 

“Vamos falar do cenário nacional, as medidas de implementação e quais são as oportunidades dentro de um país em desenvolvimento. A pesquisa é uma forma de oferecer aos pacientes que não têm recursos um tratamento adequado”, explica a especialista. Para o projeto de pesquisa, ela conta que foi necessário ampliar as parcerias corporativas e acadêmicas.

 

“Vimos uma melhora na agilidade e otimização de processos e prazos, e um aumento no engajamento do corpo clínico”, diz Clarissa Mathias. “As barreiras ainda são desafiadoras para a contínua expansão do programa, entre elas a burocratização regulatória dos órgãos brasileiros [ANVISA e o sistema CEP/CONEP], as dificuldades fiscais e a demanda crescente e desafiadora por recursos humanos especializados, especialmente em centros com menos tradição de pesquisa”, alerta.

 

No painel, que acontece em 6 de junho (segunda-feira), Clarissa Mathias estará acompanhada por Oscar Gerardo Arrieta, do Instituto Nacional de Cancerologia, no México, por Jackson Orem, MBChB, PhD, do Uganda Cancer Institute, e Olufunmilayo I. Olopade, do Centro de Genética Clínica do Câncer e Saúde Global da Universidade de Chicago.

 

“Há algumas décadas, o desenvolvimento de pesquisa clínica global que integra países em desenvolvimento teria sido considerado um sonho”, aponta a oncologista do Grupo Oncoclínicas. “É agora uma necessidade premente que deve ser considerada inevitável em um futuro próximo”.

 

O objetivo, segundo Clarissa Mathias, é que os participantes tenham compreendido com mais clareza as questões globais relacionadas a ensaios clínicos e algumas soluções práticas que podem eventualmente ser implementadas em diversas partes do mundo para que o acesso às melhores práticas no combate ao câncer não fique restrito aos países economicamente mais desenvolvidos.

 

 

Sobre a Oncoclínicas 

 

Fundada em 2010, a Oncoclínicas (ONCO3) é uma das maiores e mais relevantes instituições privadas no mercado de oncologia da América Latina. O grupo conta com 91 unidades, entre clínicas, laboratórios de genômica, anatomia patológica e centros integrados de tratamento do câncer, estrategicamente localizadas em 25 cidades brasileiras. Desde sua fundação, a Oncoclínicas passou por um processo de expansão com o propósito de se tornar a principal referência em tratamentos oncológicos em todas as regiões em que atua.

 

O corpo clínico da Companhia é composto por mais de 1.300 médicos especialistas com ênfase em oncologia, além das equipes multidisciplinares de apoio, que são responsáveis pela linha de cuidado integral no combate ao câncer. A Oncoclínicas tem parceria exclusiva no Brasil com o Dana-Farber Cancer Institute, um dos mais renomados centros de pesquisa e tratamento do câncer no mundo, afiliado à Harvard Medical School, em Boston, EUA.

Fonte: Líliam Cunha Jornalista