Programa de combate à criminalidade violenta entra na segunda fase

Enfrentar a criminalidade violenta é o principal objetivo do projeto-piloto “Em Frente, Brasil”, que entra em sua segunda fase. Representantes das três esferas de governo (União, estados e municípios) concluíram os Planos de Atuação Integral dos cinco municípios participantes: Ananindeua (PA), Cariacica (ES), Goiânia (GO), Paulista (PE) e São José dos Pinhais (PR)

Serão realizadas mais de 200 ações nas áreas de educação; saúde; justiça e segurança pública; cidadania; família, prevenção às drogas; espaço urbano e infraestrutura; economia, trabalho e renda desses municípios. A previsão é que algumas ações sejam implementadas já em março. “A restauração de um ambiente urbano degradado muitas vezes faz a diferença no combate à criminalidade”, destaca o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro.

O secretário Nacional de Segurança Pública, Guilherme Theophilo, ressalta a união para combater o crime organizado e a violência. “O fruto disso é que estamos agindo nas causas da violência, e não nas consequências, o que é a grande diferença dessa segunda fase”, frisa Theophilo.

Os Planos de Atuação Integral foram elaborados com base em diagnósticos locais realizados, nos últimos meses, por pesquisadores dos Institutos Federais. Uma força-tarefa foi a campo, na primeira fase do projeto-piloto, para ouvir cidadãos e buscar soluções nos cinco municípios contemplados para receber políticas públicas direcionadas ao combate à criminalidade nos territórios.

Os resultados processados apontaram os desafios das autoridades públicas federais, estaduais e municipais para reagir a um diagnóstico comum a todos os locais analisados: a necessidade de forte investimento social para melhorar a escola, a saúde, os espaços comuns de convivência e lazer, a segurança e a renda de moradores que convivem diariamente com altos índices de violência.

“A polícia surge quando tudo deu errado. A ausência do Estado e a ineficiência das políticas públicas aconteceram, a região precisou de polícia e, agora, aparece o Estado novamente. Em alguns territórios essa identificação, é visível: é só a polícia que chega. Essa é a fala de muitos moradores”, afirma a coordenadora dos Diagnósticos Locais de Segurança, Marizangela Aparecida de Bortolo Pinto.

O diretor de Políticas de Segurança Pública da Senasp/MJSP, Marcelo Moreno, afirma que foram identificados os principais fatores que contribuem com a violência. “A partir disso, estamos construindo conjuntamente a forma de tratar o problema”, conclui.

Com informações do Ministério da Justiça e Segurança Pública