Com bens bloqueados, ex-jogador Edílson não comparece a audiência de ação por dívidas trabalhistas

O ex-jogador Edílson “Capetinha” e a defesa dele não compareceram à audiência que aconteceu no Tribunal Regional do Trabalho (TRT-BA), no bairro do Comércio, em Salvador, sobre o processo de dívidas trabalhistas de cerca de R$ 8,5 milhões de empresas das quais ele é sócio. Por conta da ação, ele já teve bens avaliados em R$ 6 milhões bloqueados pela Justiça em agosto.

A audiência desta quinta-feira foi uma tentativa de conciliação entre os ex-funcionários – que processam as empresas – e os sócios. A sessão começou às 9:20, demorou cerca de uma hora e terminou sem acordo. A ex-mulher de Edilson, Ivana Ferreira, sócia de uma das empresas, foi à audiência com um advogado, mas não falou com a reportagem.

Os processos são contra três empresas: a “Ed Dez Promoções e Eventos”; uma casa de espetáculos que ficava na Avenida Vasco da gama, chamada “Estação Ed Dez”; e o bloco de carnaval Bróder. São 28 ex-funcionários que processam as empresas, que tem vários sócios, entre eles Edílson e a ex-mulher.

Entre os bens de Edílson que foram bloqueados para garantir o pagamento das dívidas estão apartamentos na capital baiana, nos bairros da Pituba, Barra, Costa Azul e Itaigara, e uma casa em Guarajuba, praia da Linha Verde, na cidade de Camaçari.

O diretor da Coordenadoria de Execução do Tribunal Regional do Trabalho, Rogério Fagundes, diz que, durante a audiência, a ex-mulher de Edílson e um filho dele – que é dono de um dos imóveis bloqueados pela Justiça – ofertaram uma proposta de conciliação, que foi descartada pelos ex-funcionários. Dessa forma, os reclamantes continuam com o processo e a Justiça deverá emitir uma sentença sobre o caso, em prazo não definido.

A juíza Michele Bandeira, responsável pelo caso, afirmou que, ao faltar a audiência desta quinta-feira o ex-jogador perdeu a oportunidade de conseguir um acordo de conciliação com os ex-funcionários.

“Edilson perdeu a oportunidade de possibilitar um acordo que tornasse menos gravosa a execução contra ele e dessa forma viabilizasse pagamentos dos credores. Agora vai vir sentença com delimitação da responsabilidade dos sócios do grupo econômico e do grupo familiar. Também avaliação dos bens que foram arrestados e posteriormente será delimitado o prazo para que os bens possam ir para pasta pública e assim satisfazer o crédito”, explica.

Prisão

Além do processo trabalhista a que responde na Justiça, entre os dias 15 e 18 de agosto, Edílson chegou a ficar preso durante três dias, por falta de pagamento de pensão alimentícia. O alvará de soltura foi liberado depois que um acordo judicial com relação à dívida da pensão foi acertado entre as partes. Os detalhes do acordo não foram revelados. Edilson foi preso em Salvador em cumprimento de um mandado de prisão expedido pela 2ª Vara da Família, em Brasilia. O valor que o ex-atleta deve de pensão não foi divulgado.

fonte  TV Bahia

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