PF diz que pais e homem de 80 anos estão entre os presos suspeitos de cometer pedofilia

O delegado da Polícia Federal (PF) Flávio Augusto Palma Setti disse que entre os presos da Operação Glasnost, deflagrada  em 14 estados brasileiros para combater a pedofilia, estão pais que abusavam das próprias filhas, um homem de 80 anos e dois funcionários públicos que compartilhavam pornografia infantil através dos computadores do próprio órgão.

Pelo menos 15 vítimas já foram identificadas, ainda segundo a PF. “Um dos casos que nos chamou a atenção foi em Praia Grande, em São Paulo, de uma menina que sofreu abusos do pai entre 2 e 8 anos de idade”, contou o delegado.

Os abusos, conforme a PF, ocorriam na casa da avó da menina, sem o conhecimento de mais ninguém. “Os abusos só pararam porque ele ficou com medo que a filha contasse para as amigas”.

As pessoas tinham sido presas, sendo 27 em flagrante e três prisões preventivas. Professores, médicos, estudantes e um porteiro estão entre os presos.

Ainda conforme o delegado Setti, as investigações começaram com a prisão de um estudante de medicina em 2010. “Ele citou um site russo que era utilizado como uma espécie de ‘ponto de encontro’ de pedófilos do mundo todo”, disse.

Depois disso, foi deflagrada a primeira fase da operação, em 2013, e agora a segunda etapa. “Antes dessa última fase, nós identificamos algumas questões urgentes de casos de abuso em que as devidas providências foram tomadas”, detalhou o delegado.

Os investigados produziam e armazenavam fotos e vídeos de crianças, adolescentes e até mesmo de bebês com poucos meses de vida – muitos deles sendo abusados sexualmente por adultos – e as enviavam para contatos no Brasil e no exterior.

A PF disse ainda que as investigações resultaram na identificação de centenas de usuários, brasileiros e estrangeiros, que compartilhavam pornografia infantil na internet, bem como de diversos abusadores sexuais e produtores de pornografia infantil. Foram identificadas diversas crianças vítimas de abuso.

FONTE Adriana Justi, G1 PR, Curitiba

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