Outubro Rosa Pet: câncer de mama em cadela e gatas é frequente

A campanha Outubro Rosa alerta mulheres para o cuidado com a prevenção e o combate ao câncer de mama, objetivo que também pode se estender aos tutores de cadelas e gatas, animais de estimação propensos a desenvolverem a doença. Os nódulos de mama têm tendência a aparecer em cadelas adultas entre 4 e 12 anos de idade. Em gatas, a partir de um ano de vida. O médico veterinário e especialista em Oncologia Veterinária, Rodrigo Ubukata, diz que, no Brasil, os tumores de mama têm uma frequência bastante alta em relação a outros tumores nos pets.

 

De acordo com a médica veterinária da Mundo Pet, Carla Patrícia, a única forma de prevenir o câncer de mama nas cadelas e gatas é a castração. “Quanto mais cedo a castração, isto é, logo após o primeiro cio, menor o risco das cadelas e gatas terem câncer de mama”, afirma. “Outra coisa muito importante: nunca, em tempo algum, aplicar anticoncepcional nas cadelas e gatos, porque aumenta em mais de 70% as chances de desenvolverem a doença”, alerta a profissional.

 

O diagnóstico e o tratamento precoce do câncer de mama, assim como acontece nos humanos, aumentam as chances de cura. A médica veterinária informa que a identificação do nódulo pode ser feita apalpando a cadeia mamária e por meio de raio x de tórax e ultrassom abdominal. “Os caroços podem tanto ser visíveis quanto internos. Há também a presença de vermelhidão e odor desagradável. No aparecimento de quaisquer um dos sintomas, é importante levar o pet a uma clínica veterinária”, alerta Carla Patrícia.

 

Quando o nódulo é identificado, o médico veterinário pode pedir a citologia aspirativa para confirmar se é maligno ou benigno. Depois desse diagnóstico, a indicação de cirurgia é a melhor opção de tratamento. Segundo opinião da médica veterinária, a quimioterapia não funciona bem em tumores mamários de pets. “Há muitas técnicas cirúrgicas eficientes contra o tumor e quanto mais rápido for realizada, menor é a possibilidade de metástase e maiores as chances de cura”, conclui a doutora Carla Patrícia.

Por Bruno Ganem