Jovens dizem ter sido vítimas de boato de que transmitiriam vírus da Aids na Bahia

As garçonetes Jandira Carvalho e Livia de Araújo, de 29 e 31 anos, moradoras de Cruz das Almas, cidade a cerca de 145 km, denunciaram que uma pessoa, ainda não identificada, divulgou que o boato de que elas teriam o vírus da Aids e que estariam transmitindo a doença de propósito.

 Elas procuraram a Polícia Civil em Salvador para registrar o caso. O titular do Grupo Especializado de Repressão aos Crimes por Meio Eletrônicos, João Roberto Cavadas, diz que deve ter tido um conflito de informação que impediu que o registro fosse feito em Cruz das Almas.

“Elas poderiam sim comparecer à unidade policial e fazer o registro nas cidades que elas residem”, afirma. Segundo o delegado, as jovens foram vítimas de injúria e divulgação indevida da imagem, que replicada na rede social.

 As jovens contam que o boato começou a ser espalhado há duas semanas, em grupo no celular. Foi criada ainda uma página na internet só para divulgar o boato junto com as imagens das vítimas, que foram retiradas das redes sociais. O criminoso ainda usou os nomes delas para acusar um rapaz, colega de trabalho das duas, de ser um estuprador.

“No primeiro momento, a gente ficou sem saber o que fazer. A gente queria descobrir quem era. Pedi para um amigo meu me colocar no grupo, mas quando eu entrei o rapaz [que divulgou o boato] já tinha saído. Nesse grupo, tinham amigos nossos que nos defenderam”, diz Jandira.

Jandira e Lívia trabalham juntas. Preocupadas, as jovens chegaram a fazer testes para comprovar que não são portadoras do vírus e não apresentam a doença.

“Não acho justo a pessoa ficar brincando com esse tipo de coisa. Principalmente para a gente, para minha família”, reclama Lívia.

fonte: TV Bahia

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